sábado, 27 de junho de 2015

Disagree of the child self-help books - Auto-destruição do pensamento coletivo!

Livro do conto de fadas


O número de publicações de livros de auto-ajuda infantil está crescendo e a última justificativa esdruxula que ouvi foi: É o que vende! 

Estou indignado com a permissão de publicações destes títulos e desejo que o Ministério da Educação regule o que pode ser comercializado e publicado para nossas crianças. Se algum autor, por mais péssimo que seja ao ponto de escrever porque vende, tentar comercializar, nós devemos combater essas aberrações em nome do educar.

A Educação deve estar pautada no princípio da construção da autonomia para a vida e isso requer proporcionar às crianças momentos diversos, e sim, sempre monitorados por adultos. Por vezes, estes momentos serão apenas observados, mas a construção de valores não pode ser permitida por meio de livros que digam o que fazer, como fazer e quase nunca revelam o porque deste fazer!

Educação infográfico com um livro aberto

Comparando as duas imagens: observe que a primeira representa o lúdico, com diversas histórias divertidas que podem sair de um livro e a segunda representa um livro de receitas, provavelmente com todos os passos para ser campeão, insuperável e feliz.

De fato, este não é o propósito de um livro para educar uma criança, pois esse ato, está relacionado as fases do desenvolvimento infantil e da interação com as pessoas no dia a dia, e sobretudo, ao direito de brincar e vivenciar o mundo de maneira lúdica e prazerosa.

Entendo a literatura infantil como momentos de deleite (leitura por fruição): LER PELO PRAZER DE LER. As contribuições da leitura para o saber formal ocorrem paralelamente pois desenvolvem o repertório linguístico, ampliam a capacidade de pensamento por conta da imersão no conhecimento da língua, o exercício da linguagem e outros aportes benéficos ao desenvolvimento de todos!

Conceito Educação

Desenvolvimento implica em ações, que longe estão, do conteudismo.

Peço aos pais e responsáveis que não comprem e não permitam que seus filhos leiam "obras" que possuam o caráter de VITAMINA, mas que proporcionem momentos de deleite, como um passeio a livraria ou momentos de leitura coletivas em casa. Tudo muito agradável e nutritivo!

Na infância desenvolvemos inúmeras vertentes de nosso comportamento adulto e são os exemplos das pessoas que cercam a criança que contribuem para o real desenvolvimento, o resto, como no caso dos livros de auto-ajuda podem provocar muitas distorções, considero grave o problema.

Miúdos que lêem um conto de fadas

Os livros devem proporcionar o sonhar, o pensar autônomo e ampliarem o universo infantil, ao invés de servirem de supostas ações que substituam a interação, o afeto e o tempo de viver junto!

Indico a leitura do artigo de Kelly Conde, "Auto-ajuda infantil" no blog Criando condições à liberdade, como forma de ampliação dos pontos de vista: http://criandocondicoesaliberdade.blogspot.com.br/2013/01/auto-ajuda-infantil.html

Reivindico mais responsabilidade dos que escrevem e atitude das autoridades em relação ao que se permite publicar para crianças, mas o principal compromisso está no caráter de cada um de nós, pois as crianças não podem se defender sozinhas nestes casos.


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