sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Alô Alô atenção! Escrever é comunicação! - Writing is communication


Teresinha!!!

O constrangimento dos que aprendiam a comunicação escrita no Sertão é o mesmo que, por vezes, passo aprendendo a Língua Inglesa, mesmo após anos de curso de teatro e sem a menor vergonha de tentar, sempre há um pouco de timidez em falar ou escrever em Inglês. 

Mesmo estudando e divulgando metodologias para o processo de ensino-aprendizagem do idioma, porque o Pedagogo entende desta arte! A conversação é valorizada porque traz significado ao processo e o instrumental aparece como coadjuvante, mas nunca fora de qualquer currículo. Logo preciso escrever!

No entanto, noto a dificuldade do adulto que não estudou o idioma na infância em superar as tradicionais pontuações em público! Conotam como se conversássemos com uma pessoa não alfabetizada e a cada instante corrigíssemos sua fala: não é brusa, mas sim blusa, não é are, mas sim "ar"... respira!


Já imaginaram se a criança ficasse constrangida a cada pontuação de um adulto, pois bem, ela não fica porque geralmente o adulto não faz. Pelo contrário, sempre há o incentivo: que bonitinho, fale novamente.

Acho que levei mais de trinta vezes para pronunciar algo parecido com "rooom" de palavras iniciadas com "R" em Inglês, e o som de "F" dos "THs" e por aí vai. 

Estou aprendendo tempos verbais, em especial verbos no passado: o que é a lista de verbos irregulares? Por Deus, estou lembrando da gramática do oitavo ano!


A inclusão começa na aceitação do outro, em sua totalidade!

A autonomia de comunicação em nosso tempo deve prever diferentes estágios e tentativas, assim como, o papel da escrita espontânea no processo de construção da criança. 

No mundo da comunicação mediada sou completamente apaixonado pelo Chacrinha: quem não se comunica se estrumbica!


Quero buscar o melhor em termos de comunicação em outros idiomas, mas durante este caminho, gostaria de receber menos comentários destrutivos. Para quem entende um pouco de Educação e trabalha com isso, o primordial é incentivar a tentativa! 

O exemplo informa aos que não são especialistas, pois todos precisamos entender que a caneta vermelha ficou perdida no século em que decorávamos o verbo "TO BE".

Por outro lado, gosto da ideia de ter meu blog lido no mundo inteiro e de proporcionar aos leitores não fluentes em Língua Portuguesa, um pouco de esforço para com o nosso belo idioma!


Nosso cérebro não possui etiqueta de código de barras, mas possui a imensa capacidade de construir caminhos para o aprender a aprender!

Esteja em qual patamar estiver sobre um assunto, tente, e novamente tente: só não se esqueça de sublimar (resiliência) o estágio de desenvolvimento dos que tentarem lhe intimidar, e sempre agradeça aos que doarem um pouco de seu tempo para trocar contigo.

UU!

Very good study!

O dia é da criança - The child day


Troco brinquedo por brincadeira: na embalagem e com nota fiscal. 
Desejo rolar na areia, pular amarelinha, tomar um banho de mangueira, saborear sorvete de iogurte com passeio no parque e qualquer ação que torne o meu dia inesquecível de tão divertido, como estas brincadeiras que publiquei abaixo: 


O fato é que o banho de mangueira está proibido em São Paulo, mas certamente não falta água na piscina de quem não administrou bem os impostos que os adultos pagam. No entanto, você pode me oferecer uma cachoeira inteira ou um mar imenso, tão grande que não cabe na caixa e não vende na loja.

Sabia que o mar é um brinquedo que nunca fica obsoleto, pois é a mais pura verdade: ele serve para pular, jogar bola, mergulhar, catar conchas, surfar, nadar, navegar, correr na água, pegar jacaré, pentear o cabelo e muitas outras coisas interessantes, como boiar e ouvir as histórias das conchas.


Outro brinquedo muito bacana é o chão, na verdade ele é um grande painel para montar jogos, igual a tela touch, só que nessa a gente pode subir, pular e correr! 

Existem brinquedos que podemos fazer em casa, e fazer já é a brincadeira!

A massinha caseira é cheirosa, colorida e permite a criação de muitos outros brinquedos que podem falar, voar, sonhar e sorrir!



Por fim, também aceito um adulto: gentil, feliz e que goste de brincar com criança. Prometo tratá-lo com sinceridade e me dedicar nas brincadeiras que ele souber...


Desejo que o dia 12 de outubro seja repleto de brincadeiras que durem até a hora de tomar banho!
Os interessados devem procurar a criança mais próxima e realizar a troca, ou melhor, esquecer da embalagem e da nota fiscal!

O dia é da criança - The child day


Troco brinquedo por brincadeira: na embalagem e com nota fiscal. 
Desejo rolar na areia, pular amarelinha, tomar um banho de mangueira, saborear sorvete de iogurte com passeio no parque e qualquer ação que torne o meu dia inesquecível de tão divertido, como estas brincadeiras que publiquei abaixo: 


O fato é que o banho de mangueira está proibido em São Paulo, mas certamente não falta água na piscina de quem não administrou bem os impostos que os adultos pagam. No entanto, você pode me oferecer uma cachoeira inteira ou um mar imenso, tão grande que não cabe na caixa e não vende na loja.

Sabia que o mar é um brinquedo que nunca fica obsoleto, pois é a mais pura verdade: ele serve para pular, jogar bola, mergulhar, catar conchas, surfar, nadar, navegar, correr na água, pegar jacaré, pentear o cabelo e muitas outras coisas interessantes, como boiar e ouvir as histórias das conchas.


Outro brinquedo muito bacana é o chão, na verdade ele é um grande painel para montar jogos, igual a tela touch, só que nessa a gente pode subir, pular e correr! 

Existem brinquedos que podemos fazer em casa, e fazer já é a brincadeira!

A massinha caseira é cheirosa, colorida e permite a criação de muitos outros brinquedos que podem falar, voar, sonhar e sorrir!



Por fim, também aceito um adulto: gentil, feliz e que goste de brincar com criança. Prometo tratá-lo com sinceridade e me dedicar nas brincadeiras que ele souber...


Desejo que o dia 12 de outubro seja repleto de brincadeiras que durem até a hora de tomar banho!
Os interessados devem procurar a criança mais próxima e realizar a troca, ou melhor, esquecer da embalagem e da nota fiscal!

domingo, 20 de setembro de 2015

Síria e África - Solidariedade verde amarela! Syria and Africa - Brazilian solidarity


Caros Professores,

Estive no Museu da Imigração em São Paulo e conheci o trabalho da ONG "IKMR - Eu Conheço Meus Direitos" com crianças da África e da Síria recém chegadas de seus países, as quais, cantavam musicas em Língua Portuguesa ensaiadas pelo rapaz que tocava violão.

Na verdade, ouvi uma conversa no café, após ter notado sírios sentados nos bancos do jardim do museu e crianças sírias correndo e brincando pelo pátio. Pedi, para subir na parte fechada do museu e recebi autorização.

Pensei que veria sofrimento, camas em sequência e desolação, mas vi crianças  tranquilas  e pais conversando num belo jardim.


As mães sírias não gostam de fotografias próximas demais, pois temem retalhações, o que é perfeitamente entendido diante do cenário que vieram e conhecemos muito bem. O horror da guerra e a perda de tudo o que já construíram na vida não podemos sentir, apenas imaginar.

Os homens sírios costumam viajar antes para ver o local onde a família ficará, e depois de recebidos em um país, trabalham muito para conseguir buscar suas famílias. Esta pátria abrigou meus bisavôs e avôs em cenários de guerra também, e fui  até o museu buscar minhas origens. Fiquei extremamente emocionado ao ver histórias parecidas em nosso tempo. Será que isso é possível de acabar logo! 

Já as mães africanas não temem as fotos e chegam com seus filhos primeiro que os homens de suas famílias. Em suas etnias o ataque dos MONSTROS começa pelas mulheres e meninas, com estupros que não valem ser detalhados de tão torpes. Eles querem desonrar e engravidar as mulheres para descaracterizar as etnias, pois, uma vez que, elas engravidam os filhos pertencem as etnias dos estupradores. Fora a pobreza e violação constante de qualquer pressuposto dos direitos humanos.


Viviane (fundadora da IKMR) e Laina conversaram comigo e disseram que necessitam de todo o tipo de ajuda possível: dinheiro para as passagens das crianças até o Brasil é a principal necessidade neste momento.

O telefone e o site para contato:  011 98451-6598 - http://ikmr.org.br/ 

Fiquei encantado com a força e o trabalho que vi, e principalmente com o cuidado com as crianças. Espero que quem puder ajude, publicando e doando, pois não estamos diante de um caso apenas de pobreza, mas de negação do direito à vida. Precisamos fazer o melhor para: Fazer o correto!


Em tempo de publicar celebridades e cultivas o fútil, talvez podemos nos dedicar e se espelhar em exemplos de pessoas de boa vontade. Os número indicam que mais de 7000 crianças já morreram na Síria, a situação no norte da África é desesperadora. 

Contribuí na hora com o que tinha no bolso, e prometi fazer mais, começando com a divulgação: solicitarei em todos os canais que puder, para que mais pessoas façam a bondade de ajudar também. Cada pouco faz um tanto que será suficiente para uma vida, e essa vida é o mais importante, sempre!

Queremos ver as crianças cantando, correndo e sonhando!
Não queremos vê-las como na imagem abaixo, nunca mais, não é?

crianca-migrante

O Brasil é sempre grande, assim como seu povo. O Brasil é sempre acolhedor, assim como o seu povo. Que o mundo aprenda com todos os que abrem suas fronteiras e acolhem aos que pedem para VIVER!

Parabéns mulheres pelo trabalho que vi hoje, a  Pedagogia (e vocês ensinam) ganha sentido quando é construída com verdade, ao menos para mim!

Doem, por favor!

Ganhei mais um estímulo para meu livro, pois quero que estas crianças possam ter um lugar para brincar, como para mim foi o Quintal da Espanã.



terça-feira, 1 de setembro de 2015

Pedagogia e gestão: caminhos colaborativos


Caros Professores, disponibilizo o exercício que realizamos no Rio de Janeiro e que realizarei em outras localidades tratando de gestão colaborativa:


Espero ter contribuído com provocações que nos levem à refletir sobre como escolher caminhos e pessoas para suas jornadas e deixar ser escolhido para que todos estejam conscientes do processo e seus fins!



Obrigado pela presença e pelo feedback!

Abraços,

Professor Leandro Martins

sábado, 27 de junho de 2015

Disagree of the child self-help books - Auto-destruição do pensamento coletivo!

Livro do conto de fadas


O número de publicações de livros de auto-ajuda infantil está crescendo e a última justificativa esdruxula que ouvi foi: É o que vende! 

Estou indignado com a permissão de publicações destes títulos e desejo que o Ministério da Educação regule o que pode ser comercializado e publicado para nossas crianças. Se algum autor, por mais péssimo que seja ao ponto de escrever porque vende, tentar comercializar, nós devemos combater essas aberrações em nome do educar.

A Educação deve estar pautada no princípio da construção da autonomia para a vida e isso requer proporcionar às crianças momentos diversos, e sim, sempre monitorados por adultos. Por vezes, estes momentos serão apenas observados, mas a construção de valores não pode ser permitida por meio de livros que digam o que fazer, como fazer e quase nunca revelam o porque deste fazer!

Educação infográfico com um livro aberto

Comparando as duas imagens: observe que a primeira representa o lúdico, com diversas histórias divertidas que podem sair de um livro e a segunda representa um livro de receitas, provavelmente com todos os passos para ser campeão, insuperável e feliz.

De fato, este não é o propósito de um livro para educar uma criança, pois esse ato, está relacionado as fases do desenvolvimento infantil e da interação com as pessoas no dia a dia, e sobretudo, ao direito de brincar e vivenciar o mundo de maneira lúdica e prazerosa.

Entendo a literatura infantil como momentos de deleite (leitura por fruição): LER PELO PRAZER DE LER. As contribuições da leitura para o saber formal ocorrem paralelamente pois desenvolvem o repertório linguístico, ampliam a capacidade de pensamento por conta da imersão no conhecimento da língua, o exercício da linguagem e outros aportes benéficos ao desenvolvimento de todos!

Conceito Educação

Desenvolvimento implica em ações, que longe estão, do conteudismo.

Peço aos pais e responsáveis que não comprem e não permitam que seus filhos leiam "obras" que possuam o caráter de VITAMINA, mas que proporcionem momentos de deleite, como um passeio a livraria ou momentos de leitura coletivas em casa. Tudo muito agradável e nutritivo!

Na infância desenvolvemos inúmeras vertentes de nosso comportamento adulto e são os exemplos das pessoas que cercam a criança que contribuem para o real desenvolvimento, o resto, como no caso dos livros de auto-ajuda podem provocar muitas distorções, considero grave o problema.

Miúdos que lêem um conto de fadas

Os livros devem proporcionar o sonhar, o pensar autônomo e ampliarem o universo infantil, ao invés de servirem de supostas ações que substituam a interação, o afeto e o tempo de viver junto!

Indico a leitura do artigo de Kelly Conde, "Auto-ajuda infantil" no blog Criando condições à liberdade, como forma de ampliação dos pontos de vista: http://criandocondicoesaliberdade.blogspot.com.br/2013/01/auto-ajuda-infantil.html

Reivindico mais responsabilidade dos que escrevem e atitude das autoridades em relação ao que se permite publicar para crianças, mas o principal compromisso está no caráter de cada um de nós, pois as crianças não podem se defender sozinhas nestes casos.


domingo, 14 de junho de 2015

All peeled world - Cordel da Galhofa Nacional e o Ensino de História

cobra árvore

Meu gosto musical eclético me permite ouvir variações interessantes de manifestações de nossa gente, na verdade, nossas manifestações.

Sugiro a audição deste clássico junto com a leitura do artigo:


A cobra vai fumar
De além mar, ao mar de lama
Gostoso é pecar, se lambuzar no mel da cana
Índias que não estão no mapa
Na boquinha da garrafa, cheias de amor prá dar
O tal batavo começou avacalhar

O termo manifestações está em alta nos últimos meses de nossa história, as quais, buscam respostas e cobram o dever mínimo dos representantes que nós mesmos elegemos. Importante é destacar a nossa responsabilidade em eleger nossa própria corja de corruptos. 

No entanto, em sala de aula o ensino de História pode ocorrer de maneira contextualizada e interdisciplinar, e até mesmo transdisciplinar. Se estamos fartos de justificativas e carentes de ações, nossos alunos também estão. A primeira reflexão está no significado do estudo dos fatos históricos, tal como, procuramos significados para leituras e posicionamentos, os quais, devem levar à atitudes coerentes.

Em 2004 a São Clemente cantava a bagunça social de nosso país e hoje como estamos? Amanhã como estaremos? Como queremos o amanhã? Quais as ações de hoje para estes objetivos? As perguntas não podem mais extrair frações de uma texto, pois devem extrair o pensamento crítico e auxiliar na busca de soluções, das tais situações-problema.

E como brasileiro gosta de uma obra
Nassau fez até de sobra
Mascarando o leão, do norte lugarejo sem saúde
Onde a maior virtude era viver de armação
Macunaíma, anti herói idolatrado
Aqui tudo foi tramado, pra virar esculhambação

Os pensamentos acerca do ensino de História evoluiu ao meu ver para três premissas que devem contemplar os momentos de planejamento de curso, independente de blocos de conteúdos:

1. A visão de linha histórica na situação horizontal e vertical

                                                                                      ---(Outro)     
Passado (Fato) -------------- Presente (Pontos de vista) ---(Meu)-----------Futuro (Atitudes do presente)
                                                                                      ---(Outro)

2. Estudar o passado para compreender o presente e se sentir sujeito histórico, ou seja, as ações que teremos para construir um mundo melhor.

3. A publicação como forma de planejar ações: penso, preparo e publico para interagir e assim colocar em prática estas ações.

Todo mundo pelado, beleza pura

Todo mundo pelado, mas que loucura
Ninguém segura a perereca da vizinha
É um barato a buzina do chacrinha


A sugestão de abordagem de conteúdos que resultem em publicações e ações do dia a dia para o bem comum, vem ao encontro do pensamento que fazer o correto, mesmo que todos estejam contra é uma opção plausível.

Outro ponto importante, é que todos somos sujeitos históricos e nossas manifestações culturais estão repletas de histórias da História!

Ligar o passado ao presente é pertinente em contextos que fogem do padrão de estudar porque está no currículo e levam ao significado de estudar porque necessitamos deste conhecimento para melhorar. 

Era a corte um rebú

Se ouviu o sururú, vai prá ponte que partiu
Com o laranja endividado
O pedágio foi cobrado, o primeiro do brasil
O boi voou, começou a robalheira


Levantar os fatos recentes ligados à protestos e casos de corrupção no Brasil, claro, que ligados ao comportamento das pessoas no cotidiano: Você fura filas? Como age em situações de auxílio? Pegaria um valor em dinheiro que não lhe pertence? Contaria algo errado que alguém realizou perto de você?

O pensar em terceira pessoa exime? Não, somos responsáveis por nossas escolhas e todas as situações acima citadas são escolhas!

Desta forma, a visão de macro e micro são importantes para regular ações que por menores que sejam, ajudarão a escrever histórias mais plausíveis para as gerações futuras.

A galhofa, a bandalheira, prá chacota nacional

Mas tira o olho, ninguém tasca eu vi primeiro
Tem muito boi brasileiro, prá comer nesse quintal

Em 2010 estive em um debate na FGV do Rio de Janeiro e uma das discussões sobre o ensino de Sociologia tratava de um livro didático que abordava os três porquinhos (Marx, Weber e Durkhein) com filmes ao invés de textos clássicos e definições para os alunos decorarem.

Percebi que os especialistas da universidades eram ferrenhos em relação à necessidade de conhecimento teórico do aluno, mas por outro, os especialistas em didática apontavam a falta de interesse do aluno em relação aos textos. Também, houve a importante colocação de uma professora em relação à proximidade dos ocorridos nas cenas, com a vida (cotidiano) dos alunos.

Hoje vejo que estes dois ponto são importantes para convergirem no ponto de interesse do aluno que além de significado desenvolve caminhos para a autonomia de pesquisa e de organização de seus pensamentos.

Isso é fazer o correto mesmo que todos estejam contra!

Onde a zorra vai parar
Eu tô sofrendo, mas eu gozo no final
A são clemente faz a gente acreditar
Que no brasil o que é sério é carnaval 



domingo, 31 de maio de 2015

Beijo Gay e Mad Max: O poder não está na água!

Resultado de imagem para mad max 2015

Caros,

Este é o bolsa de sangue, na verdade o personagem Max, que neste filme não pode ser considerado exatamente o mocinho da história.
O fato é que hoje no cinema percebi três garotos acompanhados provavelmente da mãe, assistiam ao filme ao meu lado.
Meu interesse na trama era justamente observar qual a leitura dos produtores em relação ao poder em um possível período pós-guerra, onde a água torna-se objeto de luxo e desejo.

No entanto o público de pré-adolescentes presentes me chamou mais atenção que o filme, pois o enredo não apeteceu porque já presenciamos muitas seitas religiosas parecidas nos dias de hoje, onde muitos falam em nome de Deus, ou conversam com ele e nos transmitem recados, os quais, geralmente custam caro.
Testei por três vezes o portal do Ministério da Justiça para consultar a classificação indicativa do filme, mas não obtive sucesso na busca, também tentei pelo portal do Ministério da Justiça  http://www.servicos.gov.br/orgao/ministerio-da-justica-mj e não consegui realizar a pesquisa.
Me preocupou muito o garoto ao meu lado comemorando mortes em um universo onde matar significa sobreviver. A morte parecia ser o correto para os supostos bandidos da trama, no entanto, o enlatado americano não sofre nenhuma barreira e muito menso recebe recados direto de Deus para defender o garoto de tanta exibição de violência.

Quando saí da sala observei dois garotos se beijando no canto de uma das salas, estavam num intenso momento de carinho. Provavelmente apesar de não ter classificação indicativa para isso, considero o carinho dos dois como LIVRE para ver e 16 para fazer!
Portanto, em Educação deveremos repensar em quais valores são considerados importantes para a formação de pessoas melhores e mais preparadas para educar, criar e viver.

O beijo chocava e o monte de morte do filme não! Por que?


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Relação da Matemática Pública com o Café e o Laptop - O que valem para o escambo?


As informações acerca da balança comercial brasileira vivem apontando o déficit dos valores do que vendemos em relação aos produtos que compramos. Com a alta da moeda americana, alguns agricultores comemoram suas exportações, o que é bom para o produtor, mas o consumidor continua pagando caro pelo produto nacional e pelo importado, uma vez que, nossa nação paga em Dollar.

Nossa proposta de formação de Matemática Pública (aquela que se usa no dia a dia) começa com a investigação da carga tributária que pagamos em relação aos produtos que consumimos, pois além da inversão de valores que o produto industrializado tem em relação ao produto cultivado no campo (fatores favoráveis estabelecidos sem análise por sociedades industrializadas), temos a carga absurda imposta pelos governantes que nós mesmo elegemos, os quais, fazem muito pouco, ou nada, para mudar este cenário.

Quanto se paga de pedágio (imposto):

- Calça Jeans - 38,53%
- Café - 19,98%
- Computador de até R$ 3000,00 - 24,30%
- Gasolina - 53,03%
- Livros 15,52% 

 Por que escrevi pedágio? Porque se você não pagar o imposto é impedido de ter o produto, mesmo quando são de necessidade básica para estudo, sobrevivência ou transporte da produção (este outro problema da incoerência de nossas decisões de quem será o governo). 

Problematizar com as crianças estas situações pode contribuir para a formação critica e principalmente desenvolver habilidades de investigação e novos olhares para situações da vida.

Voltando ao nosso estudo: Se pagamos Imposto de Renda (IR), por que temos que pagar esta carga absurda para os produtos que consumimos e por fim, para onde vai esse dinheiro? O que é feito com ele? O governo justifica cada gasto em relação ao arrecadado em cada fonte de impostos? 

A prática pode vir por meio de simulações: Se eu possuo R$ 1000,00 que poupei para estudar e necessito de um computador, livros, de alimentação e vestimenta o que eu conseguiria com e sem a carga de tributos. Além disso, o quanto já paguei de imposto, ou meu responsável já pagou?

Ou melhor, pode vir com inserida em um projeto real da turma, com aquisições de materiais para publicação, aulas-passeio e outras práticas: vamos pensar em quanto deixamos de fazer por conta da carga tributária e como reagiremos em relação ao fato? Como mudar e de quem cobrar?

A publicação das crianças é muito importante, pois é por meio da comunicação real, seja ela, mediada ou direta que elas podem informar e atuar com o produto de pesquisa que construíram.

Em relação ao laptop e ao café a exploração da situação pode levar à inferências interessantes e principalmente a criatividade de leitura de dados para textos argumentativos, pois a reflexão por premissas deve fazer parte do cotidiano escolar, se realmente queremos o futuro construído por pessoas criticas e atuantes.

A média de uma saca de café no Brasil é de R$ 330,00 e um laptop R$ 700,00. Por que a tecnologia custa mais que o alimento? Quem estabeleceu esta relação de custo? 

Se somos um dos grandes produtores de alimento e o mundo carece de alimentação, devemos cobrar o mesmo que produtos tecnológicos para fornecer nossas produções. E como faremos isso?




sábado, 16 de maio de 2015

O século XXI e a sistematização de habilidades



Os cinco países melhores colocados no PISA 2012 estão no continente asiático (China, Cingapura, Hong Kong, Coréia do Sul e Japão). Recentemente um sindicato de escolas particulares realizou uma viagem de grupo para algumas destas localidades, e certamente conheceram sistematizações como o método gráfico de Cingapura para o tratamento da Matemática.
As taxas de crescimento do PIB em 2013 nestes países foram de: China 7,7%, Cingapura 3,9%, Hong Kong 2,9%, Coréia do Sul 3,0% e Japão 1,6%. Com exceção de Hong Kong que praticamente empata com a Coréia do sul todos os dados de crescimento parecem acompanhar os indicadores de qualidade educacional do PISA.
O Brasil foi o 57º colocado no PISA em 2012 e a taxa de crescimento do PIB em 2013 foi de 2,5%, e se houvesse ligação do crescimento do PIB seriamos o 5º colocado no indicador de qualidade educacional.
Se analisarmos a renda per capita de cada país (China US$ 7428,00, Cingapura US$ 54040,00, Hong Kong US$ 38420,00, Coréia do Sul US$ 9800,00, Japão US$ 46140,00 e Brasil US$ 8536,00) percebemos que Cingapura apresenta a melhor estabilidade entre renda, desenvolvimento e qualidade educacional no cenário descrito.
No século XXI o mundo econômico é global e a educação para o futuro exige hoje cuidados com tratamentos de habilidades e competências (Conteúdos Procedimentais), com a interiorização de valores para base em decisões (Conteúdo Atitudinais) e com o estudo dos produtos de nossa cultura científica (Conteúdos conceituais). As sistematizações focadas apenas em conteúdos conceituais ficaram, já em tempo, no século passado.
Apresento três habilidades (Prova Brasil e Saresp) associadas à informação sobre os indicadores que lemos acima:
D21 – Reconhecer as diferentes representações de um número racional.
D37 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa.
H45 - Resolver problemas que envolvam ideias básicas de probabilidade. (GIII).
Fontes: Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), 2014; Jornal O Estado de São Paulo (Caderno de economia),  2014;
Por fim, o conteúdo atitudinal tratará da relevância de encaminhamento deste assunto para o bem comum, de maneira ética em relação ao rol de opiniões. Pois se temos condições de renda parecidas com China e Coréia do Sul, porque nossa qualidade educacional apresenta estes indicies neste indicador?
Caso este assunto fosse tema de uma aula, como seria a sistematização para comtemplarmos o saber (conceitual), o fazer (procedimental) e o ser (atitudinal)? 
O Professor do século XXI tem a missão de planejar aulas que englobem os três tipos de conteúdo e isso exigirá estudo dos mapas de habilidades, e sistematizações que realmente contemplem cada etapa de desenvolvimento em sala de aula: provavelmente chegaremos a propostas de cursos com mais oportunidades de fazer e ser, além de também conhecer.

Leandro Wendel Martins

Pedagogo e coach educacional.

Apoio didático: livro, apostila, literatura, recursos tecnológicos, jogos, pesquisa do professor?



Particularmente julgo improdutivo o tempo e a intensidade de discursos acadêmicos e marqueteiros que tentam definir o papel dos recursos como castradores da liberdade ou heróis do resultado. Gastamos energia na discussão de causas e raramente lemos ideias de encaminhamentos para busca de soluções, num tipo de discurso da razão dos autores e de pouco interesse no aluno, pois este é a razão da existência da instituição de ensino.
Em meus vinte e dois anos de magistério conheci, estudei e atuei com uma gama considerável de recursos e todos sempre foram úteis a mim: estudante/professor. Ao longo de dez anos de atuação em equipes de assessoria pedagógica observei projetos eficazes e eficientes, e também sistematizações que apenas replicam o conteúdo impresso no recurso, tais experiências, mostravam ações dúbias com o mesmo recurso.
Jogos ainda na embalagem e jogos utilizados em contextos significativos, comunidades pesquisadoras e comunidades que baixam material pronto da internet, computadores sem uso para preservação das máquinas e laboratórios utilizados todos os dias, literatura confundida com paradidático e projetos de leitura e publicação encantadores, apostilas com inúmeras atividades de repetição e outras com situações de criação, pesquisa e ampliação, livros que chegam em quantidades erradas em programas de governo e livros que criam contextos de igualde de estudo.
Portanto, os recursos são necessários para apoiar boas práticas escolares, e neste caso, o plural é primordial. Esperamos que todas as aulas tenham planejamento e avaliação por parte dos profissionais de Educação, dos alunos e de toda a comunidade. Quem utiliza os recursos de maneira “A” ou “B” são os atores envolvidos, todos responsáveis diretos pelos resultados de indicadores e sucesso medido por raras pesquisas de egressos.
Onde está o indicador de formação integral? O que o índice do IDEB representa para um jovem que concluí a etapa de Educação Básica?
Os indicadores são importantes mas não resumem o papel social do acesso à Educação, por outro lado, o indicador numérico do resultado não propicia trocas de experiência entre as redes de ensino, mas uma gama de artigos que discutem, em sua grande maioria, onde está o problema, e muitas vezes, com recortes de pesquisa que contradizem o real discurso de diversidade socioeconômica de nosso pais e do mundo. 
Muito se destina a questionar a atuação dos professores, no entanto, quem somos?
Sou professor por opção de carreira, apaixonado, e logo no magistério entendi a dinâmica de formação continuada (interesse pela pedagogia que estuda como a criança se desenvolve), desde então, procurei estabelecer prosperidade financeira e o comprometimento com minha missão.
Estou muito preocupado com a formação para o magistério, os números indicam que já é crítico o déficit de matriculados nas licenciaturas, o que já é percebido nas redes de ensino com grau elevado de dificuldades para compor quadros completos. Por que não existe o desejo em ser professor? Por que um juiz ganha mais que um professor? Por que deputados, vereadores, senadores ganham mais que os professores? Quem tomará uma atitude antes que não tenhamos mais professores?
As licenciaturas agora podem funcionar em modalidade EAD, por meio de vídeo-aulas. Não sou contra aos cursos de especialização (pós-graduação), mas não posso aceitar que alfabetizadores, especialistas por áreas e outros profissionais da Educação tenham sua formação básica de maneira não presencial e com no mínimo o estágio supervisionado de perto. As redes de ensino estão pontuando frequentemente que necessitam de cursos complementares para os recém contratados e por muitas vezes, recém formados. Por que não existe uma carteira como a da OAB para professores?
O mestrado é outro impasse, pois o recorte de pesquisa vira especialidade geral, ou seja, o mestre em Educação recebe por vezes poderes sem conhecer o contexto escolar, a comunidade e muito pior, não domina prática e didática de ensino. Estudar é fundamental para o magistério, mas as experiências devem ter o mesmo peso que os títulos para cargos de gestão. Já presenciei mestre discutindo com professora alfabetizadora, sem saber literalmente como a criança costuma agir em situações de alfabetização, mas o mestrado foi citado inúmeras vezes no discurso.
Minha formação em relação aos recursos saiu do curso de Magistério, em quatro anos de teoria e prática todos os dias. Utilizando o livro, os jogos, os espaços, os laboratórios em situações de preparo com meus colegas e alunos da escola. Vivenciei os processos ao mesmo tempo que estudava as teorias. A Pedagogia me trouxe maior aporte teórico, mas sou claro em dizer que, um de nada vale sem o outra (prática e teórica).
Desenvolvi dinâmicas de utilização de recursos com função didática, isso significa saber com o que o apoio contribuí para o objetivo da aula, do projeto, da sequência didática etc. Portanto, tive oportunidades de me preparar para a carreira do magistério.
O recurso é adequado quando sabemos utilizá-lo e desde que respeite as concepções de ensino de cada comunidade escolar, pois também não concordo com sistemas mecanizados. No entanto, eles também devem ser opção de cada rede, já que falamos em autonomia!
O livro didático ou a apostila (que é livro didático também) são importantes para ilustrar, mas muito mais importantes para o momento de estudo do aluno, sozinho, com outros colegas e com a família. Deve fornecer caminhos epistemológicos para a ampliação das temáticas estudadas.
A oferta de literatura para o desenvolvimento do gosto pela leitura (deleite), desenvolvimento de repertório linguístico e o incentivo as práticas de comunicação mediada (publicações do leitor).
Tecnologias para pesquisas, ferramentas dinâmicas de estímulo aos estudos, inserção social e também o uso adequado destes recursos para a vida inteira.
Jogos e brinquedos que contribuam com um fim claro em cada situação, para proporcionar inferências que partam do concreto aos menores, estimular a resolução de problemas e desenvolvimento de consciência de superação, integração e regras.
Responsáveis que participem da vida escolar de seus filhos, que saibam perguntar o motivo de cada assunto, dinâmica ou processo avaliativo. Sociedade que questione os governantes e que cobre a real qualidade na Educação, aquela que se percebe no dia a dia da criança.
Além de salários dignos, boas oportunidades de formação, recursos abundantes, interesse pela criança: necessitamos de seriedade, responsabilidade e muita coerência em discursos que tratem de Educação.
Só resta saber quem apresentará mais soluções? Só resta saber quem colocará algo em prática? Só resta saber quem cobrará tudo isso?

O principal apoio e não deixar nossas crianças sem possibilidades de desenvolvimento, como estamos fazendo neste momento! Necessitamos de Apoio!